16 de outubro de 2009

Vatanen afirma que apoio de Mosley à Todt fere a lei

Ari Vatanen criticou, nesta sexta-feira, a postura de Max Mosley, presidente da FIA, em apoiar abertamente a candidatura de Jean Todt, que concorre ao cargo nas eleições do próximo dia 23.
Para o finlandês, a postura do dirigente britânico viola a constituição francesa: "De acordo com as leis francesas, a operação de organizações sem fins lucrativos é regida por princípios gerais de direito", disse, através de um comunicado.
"Entre estes princípios gerais, aplicáveis às eleições, o princípio da igualdade entre todos os candidatos está inscrito na Constituição Francesa. O que rege este princípio é a neutralidade que deve ser adotada pelas pessoas que, devido à sua posição, têm influência especial sobre os eleitores."
"A violação deste princípio de neutralidade durante as campanhas eleitorais, quando destinadas a distorcer os resultados das eleições, é punível por todos os tribunais franceses", apontou.
"Na atual campanha para a eleição do presidente da FIA, o princípio da neutralidade tem sido constantemente desrespeitado pela entidade. Na verdade, anunciei minha candidatura no último dia 11 de julho, através de uma carta oficial. No dia 15 de julho, todos os membros da FIA afirmaram que Mosley não seria candidato à re-eleição e apoiaram a candidatura de Jean Todt, que, aliás, nem sequer tinha anunciado oficialmente que estava concorrendo ao cargo de presidente.
"Mosley não se calou diante das acusações do finlandês e contra-atacou Vatanen: "Estou surpreso que você tenha me criticado por apoiar outro candidato", ironizou.
"Almoçamos juntos no dia 3 de julho e várias vezes você me pediu para lhe apoiar. Você se lembrará que eu disse a você, então, que apoiaria Jean Todt, já que eu o considerava um melhor candidato."
"Isso não foi uma reflexão sobre você. Foi apenas o reconhecimento de que, na minha opinião, Todt tem conhecimento e experiência relevantes, enquanto você, não os tem."
"Não conheço qualquer lei francesa que impeça alguém que está prestes a deixar seu cargo a oferecer sua opinião pessoal sobre quem é mais qualificado para ser seu sucessor. Não é uma violação de qualquer princípio jurídico pensar que você é um candidato menos qualificado que seu adversário para o cargo em questão", completou.
Fonte: Tazio

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