22 de outubro de 2010

Novos WRC: Espetáculo é o mesmo e no cronómetro perdem pouco

Numa altura em que faltam apenas duas provas para o término do Mundial de 2010, está prestes a encerrar-se mais um capítulo da história dos ralis, com o fim dos WRC como os conhecemos, e o 'nascimento' de uma nova geração. Citroen DS3 WRC, Ford Fiesta WRC e MINI Countryman WRC são para já as três máquinas que vão pontificar em 2011, esperando-se que alguns outros se possam juntar à 'fiesta'.


Desde 1997 para cá o conceito de WRC foi evoluindo, e teve, talvez o seu ponto alto na época de 2002 com a existência de cinco equipas oficiais no WRC: Peugeot, Ford, Subaru, Hyundai e Skoda, permitiam a existência de cerca de dezena e meia de WRCs oficiais, um número que tão cedo não deverá ser possível.

Contudo, e a confirmarem-se alguns rumores, nos próximos anos poderemos voltar a ver várias marcas distintas evoluírem na categoria rainha das provas de estrada, o WRC. Para já, em 2011 estão confirmadas a Citroen, Ford e a MINI, não sendo de estranhar que a Volkswagen e a SAAB voltem.

As equipas confirmadas continuam a desenvolver os seus modelos, tendo mesmo duas delas já passado por Portugal, como foi o caso da MINI e da Citroen, confirmando que as florestais portuguesas continuam a ser um laboratório de referência para as equipas do Mundial de Ralis.

Depois de décadas em que os demolidores caminhos do Norte e Centro eram paragem obrigatória para Lancia, Fiat, Audi, Ford, Toyota ou Subaru aferirem a resistência e performance dos seus modelos, eis que os protagonistas da era moderna do WRC voltam a escolher o nosso país para desenvolver as armas que medirão forças em 2011.

O espetáculo continua

Para os adeptos, e quem acompanhou, em 1987, a transição dos monstros do Grupo B para os modelos 'quase de série' do Grupo A, não tem razões para ficar preocupado: a mudança que se avizinha é muito menos radical, já que os novos WRC 1.6 Turbo, pouco ou nada ficarão a dever aos WRC 2.0 de hoje. Depois de ver MINI e DS3 em ação, concluímos que a velocidade e a tração continuarão a empolgar espetadores no futuro.

A reduzida distância entre eixos torna os carros mais saltitantes, requerendo um acurado acerto nas suspensões de modo a evitar perdas de tração e, se olharmos para o cronómetro, podemos até encontrar alguns segundos de diferença entre as duas gerações. Mas, no essencial, as emoções que um e outro despertam ao negociar cada curva, são semelhantes, pelo que não deverá hesitar em comprar bilhete para a próxima época. O espetáculo está assegurado, uma opinião que é corroborada por Martin Holmes,

"É muito difícil dizer nesta altura quantos segundos por km poderão perder 1.6 Turbo para os atuais WRC.A Prodrive diz os WRC de 2011 com restritor de 33 mm terão menos 15/20 cavalos e menos binário, mas a nova geração de carros também será mais leve cerca de 30 quilos. Por outro lado, os S2000 de 2011 com restritor de 32 mm deverão ter menos 20 cavalos que os novos World Rally Cars. Mas convém lembrar que os tamanhos dos restritores ainda não estão totalmente definidos (podendo variar de acordo com o campeonato onde os carros participem) e que, por outro lado, será usado o sistema de injeção direta desenhado para melhorar os consumos, o que permitirá que os carros possam correr mais leves, o que, por consequência, os tornará mais rápidos.", referiu, confirmando as nossas observações 'in loco', ou seja, não se vai perder nada de espetáculo e muito pouco no cronómetro...

Fonte: Autosport de Portugal

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