13 de novembro de 2009

WRC - Ford: A segunda marca de maior sucesso no Mundial

Fonte: Mundo Rally
Nenhum Construtor pode vangloriar-se de ter uma história no Campeonato Mundial de Rallys como a da Ford. É por esse motivo que é apenas uma questão de tempo para que a Ford supere a Lancia como marca de maior sucesso no Mundial.
Apesar de todos os esforços da Ford Falcon, foi o Cortina GT e posteriormente o Lotus Cortina os que realmente fizeram possível um futuro para a Ford. JUnto com o GT chegou uma nova base em Essex, no aeródromo de Boreham. E Boreham tornou-se um sinônimo de desenvolvimento dos futuros Ford para o Campeonato Mundial de Rallys.
O Cortina se aposentou em 1967 e foi substituído pelo primeiro Escort, o Twin Can. No nome 'Escort' é lendário no mundo dos rallys. Conseguiu suas primeiras vitórias em 1968, quando Hannu Mikkola ficou com a vitória em Los 1000 Lagos, e sua última vitória obtida há quase 30 anos depois foi com Carlos Sainz, que aos comandos de um Escort WRC foi o mais rápido no Rally da Indonésia em 1997.
O TC Escort original foi rapidamente substituído com a chegada do motor BDA e a caixa de marchas ZF (que foram incorporadas nas versões posteriores do TC). A partir de 1970 o Escort era uma ameaça a ser enfrentada. Era rápido estava muito bem equilibrado e era potente, com 200 cv graças ao motor de 16 válvulas e 1800 cc. Ganhou os clássicos europeus (o RAC e os 1.000 Lagos), assim como rallys longos como o Safári. Mas se a Ford pensava que com esse carro tinha alcançado o sucesso, não era nada comparado com o que conseguiria o segundo Escort desenvolvido pela marca.
Mas então chegou o Grupo B e a Ford queria mais. O projeto do RS1700T foi abortado em 1983 e não foi até dois anos depois que chegou o RS200. Stig Blomqvist terminou em terceiro na estreia do carro no Rally da Suécia em 1986, mas isso é tudo o que ele conseguiu. O carro era um pouco pesado e possivelmente faltava potência para o Grupo B, apesar de ter o Metro 6R4, ficava curto a aerodinâmica. O RS200 era pilotado de forma fabulosa, mas não conseguia a velocidade e não pôde competir antes que desaparecesse o Grupo B, 11 meses após sua chegada.
Quando começou o Grupo A, em 1987, a Ford voltou à ação com seu Sierra Cosworth. A nova categoria contava com uma potência de saída e 300 cv; o Cosworth superou regularmente esse limite graças a tração traseira, o que representa uma deficiência grave em qualquer outra superfície, exceto no asfalto. A única vitória deste modelo no WRC foi com Didier no Tour de Corse em 1988.
a introdução de um diferencial dianteiro no Sierra Cosworth 4x4 deveria ter levado a Ford ao título - pelo menos no papel. Mas não foi assim. O melhor momento deste carro foi provavelmente o Rally de Monte Carlo de 1991, onde Francois Delecour que conseguiu sua primeira vitória da carreira, e não apenas da Ford, mas também de qualquer carro de tração nas quatro rodas. Dois anos mais tarde Delecour conseguiu a vitória com um Escort Cosworth, mas a meados dos anos 90 seu potencial foi menor.
A grande mudança e o grande passo à frente para melhorar esse potencial chegaram ironicamente com a transferência de Boreham a outra base. No final de 1996, a empresa de Malcolm Wilson com base em Cumbria, M-Sport, assumiu o cargo de desenvolvedor do Escort e o sucessivo Focus WRC. O Focus teve seus primeiros sucessos com Colin McRae, que conseguiu nove vitórias aos comandos das primeiras evoluções do carro.
o Focus 2003 foi um ponte de mudança, foi o primeiro Ford desenhado por Christian Loriaux, e o RS WRC 05 foi o passo seguinte. Foi essa última evolução do Focus que acabou com os 27 anos de espera da Ford para consegui o título mundial, atribuídos a Marcus Gronholm e Mikko Hirvonen em 2006.
Os finlandeses repetiram a façanha um ano depois. Gronholm foi o melhor piloto que teve na Ford, com 12 vitórias a seu favor em seus dois anos na equipe.
Estatísticas da Ford:
Vitórias: 73
Melhor piloto: Marcus Gronholm: 12 vitórias

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