17 de fevereiro de 2010

Vancouver 2010 » Antero Niittymaki goleiro finlandês explica rivalidade no Ice Hockey

Terra Esportes - Antero Niittymaki, atleta do hóquei, não quer criar um incidente internacional, mas se a Finlândia for bem-sucedida durante o torneio olímpico, ele vai avisar seus colegas de equipe da Lightning (apelido da equipe finlandesa de hóquei).

"Gentilmente", disse o goleiro. Ainda restam 21 jogos nos playoffs da temporada regular, portanto, todos precisam trabalhar em conjunto. Mas se a Finlândia, seleção que Niittymaki joga, derrotar os Estados Unidos, a Eslováquia e a Suécia, ele vai precisar dar alguma satisfação.

"É um jogo de hóquei quando você está lá", disse Niittymaki. "Não diria que somos amigos, mas você sabe para quem está jogando".

Com 25% dos jogadores da Liga Americana de Hóquei no Gelo tendo nascido fora da América do Norte, muita da tensão que a competição internacional costumava gerar por diferenças políticas e sociais desapareceu e cedeu lugar à familiaridade, disseram atletas.

Mas isso não significa que rivalidades - algumas esquentadas - não existam, e o torneio olímpico, que começou terça-feira, é o palco derradeiro do orgulho nacional.

Niittymaki disse que toda vez que a Finlândia enfrentar a Suécia, esses países estarão colados à televisão.

"É seu vizinho", disse. "Você quer derrotá-los tanto quanto eles querem derrotar você".

Os Estados Unidos e o Canadá formam outro conflito fronteiriço.

O jogo da Eslováquia contra a República Checa envolve dois países que costumavam formar a chamada Tchecoslováquia.

"Não é que eu os odeie ou algo parecido", disse Meszaros. "Mas em todo esporte que os enfrentamos, futebol ou hóquei, há grande rivalidade; sempre houve, sempre haverá".

Ainda assim, disse Meszaros, uma vitória sobre os checos seria tratada com respeito.

"Tenho muitos amigos checos. Adoro todos eles", disse. "Talvez você os encontre depois do jogo e queira fazer alguma brincadeira. Mas você não quer fazer isso num torneio como esse. Quando você vê o jogo em retrospectiva, dá para rir, mas, naquela noite, é dureza. Eu sei como me sentiria se fizessem comigo".

Comparemos essa sensibilidade bem mais gentil e amável aos dias em que Estados Unidos e Canadá enfrentavam o que era então a grande e má União Soviética, quando cada evento esportivo parecia uma luta entre capitalismo e comunismo.

"Tinha muita política envolvida", disse o técnico do Lightning, Rick Tocchet, que em 1987 venceu com o Canadá a memorável final da Copa do Canadá contra os soviéticos. "Era um hóquei maligno. Você não conhecia os caras. Você não queria conhecer os caras. Agora, os rapazes jogam contra colegas de time. Isso não significa que não vão se dedicar. Vão se esforçar ao máximo. Mas é um pouco diferente".

De fato, quando Canadá e Rússia se enfrentarem no que alguns preveem ser o jogo pela medalha de ouro, em disputa estará a supremacia no hóquei, não a superioridade ideológica.

Toda vez que os Estados Unidos jogarem contra a Rússia, lembraremos da vitória americana sobre os soviéticos em 1980, em Lake Placid, não por causa das implicações políticas, mas porque muitos consideram o jogo a maior virada na história do esporte.

"A coisa Davi contra Golias é do que mais nos lembramos", disse Malone, que continuou, "não acho que seja importante se concentrar em quem é o adversário. As rivalidades estarão lá pelo que você representa. As pessoas vão se cruzar no gelo, e você sabe que vai enfrentar amigos. Você sabe o que está em jogo. Tudo está em risco".

"Você joga pelo uniforme que está usando", disse Ohlund, na sua quarta Olimpíada, tendo ganhado o ouro em 2006, em Turim, quando os suecos derrotaram os finlandeses na final. "Jogamos pela Finlândia, não importa se o Niitty está no gol, quero pontuar. Do outro lado pode estar um colega de time ou um velho amigo, não faz diferença".

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